Diversos países vivem a desafiadora onda de demissões voluntárias conhecida como Grande Renúncia. Esse efeito está diretamente relacionado à falta de bem-estar no trabalho. Continue lendo e saiba mais sobre o assunto.

Em levantamento divulgado recentemente pela LCA Consultores, e que leva em conta os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foi revelada a impressionante marca de 6.175 milhões de pedidos de demissão nos últimos 12 meses no país.

A média é de que a cada 3 demissões, uma tenha sido motivada pelo próprio empregado. O índice evidencia uma grande tendência em relação à importância do bem-estar no trabalho.

Já falamos aqui no Blog sobre a pesquisa de Índice de Bem-Estar Corporativo (IBC), divulgada neste ano pela Zenklub, que mostrou o quanto as empresas que investem em saúde emocional têm retido seus talentos mesmo durante o momento de crise. 

Esse novo levantamento vem como uma forma de corroborar que um ambiente de trabalho saudável, e um modelo de trabalho flexível, impactam diretamente na produtividade dos funcionários e no sucesso da organização.

De acordo com a pesquisa, o número de demissões equivale a 33% do total de desligamentos de trabalhadores no período (18.694 milhões). Comparando maio de 2022 com maio de 2021, o aumento nas demissões voluntárias foi de 52% e, em todos os cenários, o estado de São Paulo foi o recordista no número de demissões motivadas pelos colaboradores.

Em entrevista ao portal G1, Bruno Imaizumi, responsável pelo estudo, falou sobre as variáveis que impactam na retenção de talentos nas organizações. O profissional avalia que muitas empresas estão voltando para o trabalho presencial, o que acaba se tornando uma variável importante para os colaboradores.

O deslocamento é um dos principais fatores levados em consideração pelos colaboradores nessa era pós-pandemia. Em mais uma pesquisa, agora desenvolvida pela corretora It’sSeg, o tempo gasto com deslocamento é referenciado como um dos principais vilões do trabalho presencial. Em segundo lugar está a perda de qualidade de vida e, em terceiro, o alto preço dos combustíveis.

É interessante perceber que, após a pandemia, a digitalização foi acelerada de uma forma nunca vista.

De acordo com o Emerging Multinationals Research Network (EMRN), as empresas aceleraram sua digitalização em 10 anos durante o período pandêmico. Essa mudança impactou também os colaboradores, que hoje preferem fazer exercícios, cursos, ficar com a família ou se dedicar a outras atividades do que passar algumas horas diárias para o deslocamento. 

Ainda de acordo com pesquisas, um levantamento feito pelo LinkedIn apontou que para 78% a pandemia fez com que eles passassem a querer, ou a precisar, de mais flexibilidade no trabalho. Tempo é um recurso precioso e, como tal, deve ser utilizado da melhor forma possível.

 

Bem-estar no trabalho passa pelo trabalho flexível

Com tantos estudos retratando as mesmas tendências, e um novo recorde de demissões voluntárias acontecendo no país, é fácil perceber que o bem-estar no trabalho passa pelo trabalho flexível. 

Uma jornada flexível, com possibilidade de Home Office (ou a oferta de trabalho híbrido) poderia ser, há alguns anos, um luxo. Entretanto, hoje essa modalidade é algo essencial para muitos.

Portanto, pensar em um modelo de negócio que consiga atrelar as necessidades da organização com as melhores condições de trabalho para os funcionários é um fator crucial para o êxito da organização. 

Se há espaço para que o colaborador execute suas funções de forma remota, com estrutura e suporte, o tempo que ele gastaria em deslocamento irá se converter em descanso ou atividades extras, o que trará um retorno significativo em sua motivação para o trabalho diário.

Uma empresa onde o colaborador possa receber incentivos corporativos, escolhendo a forma de utilizá-los para as demandas da sua rotina, também é uma ótima forma de criar um clima organizacional positivo. Os incentivos por meio de reembolso, por exemplo, dão mais liberdade para o funcionário, dando autonomia para que ele tenha o poder de escolha.

Desta forma, a retenção de talentos importantes para a sua organização será mais eficaz, garantindo uma equipe mais motivada e capaz de performar em alto nível.

 

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