A avaliação de crescimento tanto do lucro, quanto do tamanho de uma empresa, se dá por meio de métricas financeiras. Os chamados Indicadores Financeiros são critérios estipulados para medir o desempenho e os resultados dos empreendimentos, tendo como base as ações tomadas ao longo de um determinado período.

Essas métricas auxiliam o departamento financeiro a entender os caminhos que a empresa está tomando e se eles têm sido, de fato, positivos. Dependendo do planejamento e do plano de negócios estabelecido pela organização, os objetivos terão metas ousadas ou conservadoras, que devem ser alcançadas dentro do prazo estipulado para garantir a saúde financeira do empreendimento.

Utilizar os Indicadores Financeiros para nortear a tomada de decisão é uma escolha acertada, pois eles auxiliam as lideranças a enxergarem diversos fatores que podem prejudicar o crescimento e a performance empresarial. Muitas vezes as pessoas focam tanto no lucro que não conseguem avaliar estrategicamente, por exemplo, se o preço comercializado por seus produtos é atrativo.

 

Em resumo, entender os principais Indicadores Financeiros auxiliará você a:

  • Adaptar o preço de seus produtos e serviços;
  • A pensar estrategicamente como tornar sua empresa mais rentável.

 

Confira abaixo alguns dos principais Indicadores Financeiros que devem ser considerados para uma boa gestão financeira de sua organização

 

Faturamento, um dos indicadores financeiros mais populares

O faturamento é uma das métricas mais conhecidas e que sempre é considerado como indicativo de “sucesso” pelos gestores. Esse indicador financeiro significa o somatório de todas as receitas da organização, totalizando as vendas de produtos, serviços e outros rendimentos.

Esse indicador pode ser calculado mensal e anualmente, fazendo parte dos balanços financeiros e orçamentários de sua empresa. Por meio desse dado é possível avaliar como está o desempenho da empresa em determinado período e se está gerando um fluxo de caixa consistente.

 

Lucro bruto e lucro líquido

Por desconhecimento, às vezes as empresas pensam no lucro sem levar em consideração os seus gastos fixos e variáveis. Portanto, os empresários acabam analisando apenas o lucro bruto sem entender o lucro líquido.

O lucro bruto é o valor de toda a receita sem descontar os custos de produção. Sendo assim, ele é o valor que você possui antes de fazer os pagamentos obrigatórios, como impostos/taxas, mão de obra e matéria-prima para viabilizar produtos ou serviços.

Por sua vez, o lucro líquido é o valor restante após descontar os custos fixos. Esse é o lucro que será destinado parte para a organização, parte para os sócios ou proprietários. 

 

Ponto de equilíbrio

O ponto de equilíbrio é o momento em que a receita total, gerada pelos produtos e serviços, consegue pagar todas as despesas fixas da empresa. Esse ponto é um parâmetro para que os empresários entendam quando a organização passará a, de fato, dar lucro.

 

Margem de lucro

A margem de lucro é um ponto interessante que precisa constar em sua análise estratégica. 

Esse indicador é uma porcentagem atribuída ao custo de cada produto ou serviço da empresa, e visa a projetar quanto é necessário lucrar dentro do preço estipulado para essa comercialização.

Por exemplo, se o meu produto custa R$ 10,00, é preciso que ele seja vendido por R$10,00 + uma porcentagem de lucro. Assim, o produto será pago e ainda haverá lucro para sua empresa.

 

É importante calcular tanto a margem de lucro bruta, quanto a margem de lucro líquida. 

Muitas vezes empresários fazem o cálculo do valor do produto levando em consideração apenas os custos com material, ignorando outros gastos fixos da organização.

Ao final do mês, as contas precisam bater. Portanto, faça o cálculo levando em consideração os seus gastos fixos, o valor que o mercado cobra por um produto similar ao seu e o quanto você gostaria de lucrar a cada venda.

 

Margem de contribuição

Vender muito não significa lucrar muito, principalmente se o valor cobrado pelos seus produtos não condiz com o total necessário para pagar os custos. A margem de contribuição é o indicador crucial para entender o quanto a sua empresa está realmente lucrando.

A margem de contribuição é o ganho bruto sobre as vendas, levando em consideração os seus custos variáveis. É interessante compor o valor de seu produto levando em consideração essa margem, definindo uma porcentagem que deve ser destinada para cobrir os custos variáveis.

 

EBITDA, um dos indicadores financeiros de performance

A sigla EBITDA significa, em português, “lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização”. Esse indicador é importante para entender o quanto a empresa gera de lucros sem levar em consideração os fatores citados.

O valor disponível no EBITDA indica se a empresa está sendo produtiva e se sua performance está dentro dos níveis esperados.

 

Lucratividade

Como o próprio nome já diz, a lucratividade é o indicador financeiro que aponta o quão lucrativa é a organização. A lucratividade não deve ser confundida com a rentabilidade, pois cada uma delas tem significados distintos.

Para entender o quão lucrativa é a organização, você deve avaliar o valor de lucro líquido, dividido pela receita bruta e multiplicado por 100. É a partir desse cálculo que você saberá quanto a empresa ganhou perante toda a receita recebida.

 

Rentabilidade

A rentabilidade é o indicador que representa quanto a empresa ganhou frente aos investimentos efetuados ao longo de um mesmo período. Ao contrário da lucratividade, que mede o quanto a empresa fez de lucro, a rentabilidade analisa o quanto de retorno a empresa obteve perante todos os investimentos feitos.

 

Geração de caixa

Por fim, a geração de caixa é o indicador que aponta o quanto de valor líquido foi gerado pela organização, ao longo de determinado período, para pagamento de dividendos. Por exemplo: ao final de determinado mês, o valor de caixa pode ser suficiente ou insuficiente para quitar as dívidas da organização.

 

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