Com o aumento do trabalho remoto por causa da pandemia do COVID-19, os debates em torno da ajuda de custo ao home office começam a ganhar mais força. Com excesso de carga horária e gastos recorrentes com água, luz, internet e alimentação, os funcionários sentem que as organizações deveriam auxiliar no pagamento dessas cobranças, além de fornecer materiais para execução do trabalho em casa.

Em pesquisa recente divulgada pela plataforma Indeed, menos de 20% dos profissionais entrevistados, e que trabalham em regime home office, informaram receber algum tipo de ajuda de custo. Além disso, apenas 35% teve acesso aos equipamentos necessários para a boa execução de suas funções.

O trabalho remoto é uma modalidade que não deveria ser tratada como exceção em diversos nichos do mercado. Antes da pandemia, pouquíssimas empresas brasileiras encaravam o home office com seriedade, pois entendiam que os funcionários só poderiam ser realmente produtivos se estivessem ao alcance dos olhos do gestor.

Em outros países do mundo, o trabalho remoto é uma atividade corriqueira. Cada vez mais, profissionais brasileiros migram para o trabalho remoto em empresas internacionais, buscando melhores oportunidades de remuneração. Com o avanço da tecnologia e do nomadismo digital, nunca foi tão fácil executar atividades à distância. 

Com a pandemia, as empresas brasileiras foram forçadas a se adaptar. O trabalho remoto se tornou uma forma de manter o core business das organizações sem perder em produtividade. Desde então, essa tem sido a modalidade de trabalho que os colaboradores gostariam de manter. De acordo com a pesquisa da empresa Adecco, 71% dos profissionais querem manter o home office ou o modelo híbrido de trabalho.

A modalidade é uma economia para as empresas, sejam elas públicas ou privadas. O home office de servidores públicos, por exemplo, economizou cerca de 1,4 bilhão de reais entre 2020 e 2021. Entretanto, se há economia de um lado, há gastos do outro. Além do excesso de carga horária durante o trabalho remoto, o aumento nas cobranças de luz, internet e alimentação são uma preocupação para os colaboradores, principalmente com o agravamento da crise devido aos quase dois anos de pandemia. 

 

É possível receber auxílio home office?

A resposta é sim. De acordo com a reforma trabalhista de 2017, o home office se encaixa no modelo de teletrabalho, que está previsto na lei 13.467 da CLT.

A lei, que entrou em vigor em julho de 2017, prevê que seja estipulado no contrato de prestação de serviço os pormenores de reembolsos quanto ao teletrabalho. De acordo com o artigo, considera-se teletrabalho “a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo”.  

É importante dizer que existe diferença entre trabalho externo, executado fora das dependências da empresa, mas em trânsito; e o teletrabalho, que consiste na execução das atividades da organização em outro ambiente, com as mesmas responsabilidades e entregas do trabalho presencial.

Portanto, é interessante que o colaborador alinhe com a empresa um contrato de prestação de serviço via teletrabalho, abrangendo não só horários e carga horária, mas também valores de despesas fixas a serem ressarcidos pelo empregador durante a execução do teletrabalho.

 

Como calcular o auxílio home office?

Por se tratarem de contas que envolvem o uso de luz e internet, é difícil saber o quanto foi gasto especificamente durante os períodos do dia. Entretanto, a partir do contrato celebrado entre colaborador e empresa, uma porcentagem no valor das faturas pode ser acordada, facilitando o pagamento do auxílio por parte da empresa.

O ideal é fazer uma média de gastos com luz, internet e alimentação (caso você não possua vale refeição), e aplicar essa porcentagem para determinar quanto será a ajuda de custo disponibilizada pela organização.

Outra forma de ressarcimento da conta de luz é estabelecendo uma média dos gastos anteriores ao trabalho home office. Com um comparativo de períodos (por exemplo, de 4 meses) é possível identificar qual foi o aumento na fatura a partir da implementação do teletrabalho.

O importante é estabelecer uma política de reembolso clara e objetiva que viabilize a implementação do auxílio home office. Para facilitar na comprovação, é importante ter uma ferramenta que facilite a gestão de comprovantes e torne a rotina mais fácil tanto para o colaborador, quanto para o setor financeiro da empresa. 

 

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