O trabalho remoto é um tópico que tratamos com frequência em nosso blog. Afinal, desde o início da pandemia, o modelo de trabalho à distância se tornou o padrão em inúmeros negócios, ganhando espaço até entre empresas que eram contra o método de home office. Entretanto, com o passar do tempo e o novo cenário global, o foco organizacional parece ter se tornado a oportunidade de implementar um modelo de trabalho híbrido.
Abrir mão completamente de uma sede fixa pode ser um desafio, principalmente quando falamos em empresas públicas e multinacionais. O trabalho presencial permite executar uma variedade de ações de integração, construindo um ambiente rico em motivação para as equipes. Porém, é notório que o home office também oferece diversos benefícios, disponibilizando mais tempo e flexibilidade para o colaborador.
Diversas pesquisas ao longo de 2021 apontaram que os próprios colaboradores não gostariam de abdicar do regime home office. A tendência está se fortalecendo em 2022, fazendo com que setores de Recursos Humanos tenham que pensar em formas de engajar colaboradores no modelo 100% alocado, pois muitos profissionais qualificados não aceitam mais vagas sem a possibilidade de um regime híbrido.
Pensando nessa situação, as organizações estão migrando para o sistema de trabalho híbrido, de modo que os colaboradores possam manter a flexibilidade, mas também atuar alguns dias presencialmente na empresa. Em recente matéria divulgada pela Valor Econômico, uma pesquisa efetuada no segundo semestre de 2021 mostrou que diretores de Recursos Humanos estão empenhados em proporcionar benefícios vantajosos para os profissionais.
O trabalho híbrido no mercado brasileiro
De acordo com a publicação, o levantamento efetuado com 287 empresas brasileiras (sendo 61% multinacionais) mostrou que inclusão e diversidade (59%), avanços na tecnologia para benefícios (57%) e trabalho remoto (56%) são as principais influências externas que norteiam as estratégias de benefícios (criadas por essas empresas) hoje.
“Comparada à última edição, feita em 2019, a nova forma de as pessoas trabalharem com a pandemia mudou a necessidade em relação aos programas (de benefícios), afirmou Rene Ballo, líder da área de benefícios da consultoria WTW Willis Towers Watson, responsável pela pesquisa. Desta forma, diretores de Recursos Humanos e empresas de diversos segmentos apostam em novos modelos de benefícios para seus times, considerando essa uma “nova onda” que deve influenciar o mercado como um todo.
Dentre os benefícios ofertados pelas organizações está o auxílio home office. As empresas garantem uma ajuda de custo para pagamento de luz e internet, além de materiais para escritório que possam melhorar o desempenho do colaborador ao executar suas tarefas. Monitores, computadores, cadeiras e mesinhas: muitas vezes um kit home office é ofertado para ajudar o colaborador em suas tarefas diárias.
Outras formas de benefícios exemplificadas na publicação são a possibilidade do funcionário ter um cartão único de alimentação, permitindo que ele possa usar tanto nos turnos presenciais, como quando trabalha remotamente.
Empresas de tecnologia têm aproveitado a oportunidade de expansão tanto do trabalho híbrido, como exclusivamente remoto, para testar novas possibilidades. É o caso da Microsoft e seus projetos no Metaverso. A corrida para criar soluções no Metaverso, espaço que mescla o mundo físico com as oportunidades do digital, demonstra o quanto o futuro será promissor e como as relações de trabalho continuarão se modificando.
O Metaverso é, provavelmente, uma das grandes tendências para os próximos anos. Estar atento a esses passos, e ao que eles representam para os limites entre digital e físico, é crucial para a sobrevivência dos negócios a médio e longo prazos. Ainda há muito a ser explorado, mas diversas organizações estão abraçando esse conceito e projetando ações nesse meio.
Com um movimento de inovação tão grande, apostar em modelos antigos de gestão, processos e execução pode se tornar um fator negativo para o seu negócio. Ainda de acordo com a publicação da Valor Econômico, as empresas que se opuserem a criar regimes mais flexíveis e inovadores podem perder espaço no mercado, pois tornará mais difícil reter grandes talentos.
Analisar as possibilidades em modelos de trabalho remoto e híbrido reverterá em uma grande vantagem competitiva. Sua empresa precisa estar preparada para os desafios da digitalização, seja por meio de processos que facilitem a rotina, ou modelos de trabalho que alavanquem seus resultados.
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